O SONHO QUE PODE VIRAR PESADELO
O Estado do Rio de Janeiro possui três legítimos representantes no Senado da República e, para felicidade de uns e tristeza de outros, o trio parlamentar pertence ao Partido Liberal (PL). São eles: Flávio Bolsonaro, Romário e Carlos Portinho. Este último, embora seja disparado o mais atuante e o que mais veste e sua a camisa do povo fluminense na mais alta casa legislativa do país, é visto pelo partido como carta fora do baralho na eleição 2026. Portinho, que era suplente do senador Arolde de Oliveira e assumiu a cadeira em razão do seu falecimento, está fadado a deixar o posto para dar lugar ao atual governador Cláudio Castro, que está sendo investigado por improbidades administrativas e ilicitudes administrativas e precisa urgentemente de imunidade parlamentar para não correr o risco de ser preso num futuro próximo.
Um famoso samba carnavalesco da Mocidade Independente de Padre Miguel versa que “sonhar não custa nada”. Há controvérsias. No terreno arenoso e movediço da política, o sonho de Cláudio Castro com uma cadeira no senado pode custar-lhe muito caro. E bota caro nisso. Sua suposta pretensão ao cargo de senador para obter a tão cobiçada IMUNIDADE PARLAMENTAR já está sendo monitorada por alguns promotores e procuradores do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro que ainda honram e dignificam aquela respeitável instituição. Conversei com um deles e me certifique, pessoalmente, que o processo judicial que o atual governador responde por suposto recebimento de propina de fornecedores e prestadores de serviços da Fundação Leão XIII será “fichinha” perto das ações que ele tende a responder, em consórcio com prefeitos de vários municípios fluminenses, por fraude em licitação, malversação de emendas parlamentares e desvio de recursos públicos milionários oriundos da venda da CEDAE.
O governador e alguns de seus prefeitos aliados que se cuidem. Vem chumbo grosso por aí.